quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Amiga L.

No inicio eras mais uma miúda das dez com quem trabalhava.
Reservada, enigmática, uma formiguinha "trabalhadeira" (como se diz no Norte, carago)!
Não te davas a conhecer e eu achava-te altiva e até desinteressada nas pessoas que te rodeavam.
Eu, na altura, valorizava as amigas que já tinha conquistado, mas tu fazias-me falta. Não te conhecia, mas gostaria de te conhecer. Mostravas-me pouco sobre a tua vida.
Num dia de tristeza profunda, sem chorar, contaste-me o que se passava na tua vida. Assim, de rajada. Sentada no aquecedor do meu escritório (só tu para te colares aos aquecedores!!), com uma vista magnifica sobre a cidade do Porto, ouvi-te. E tu falaste.
E, a partir daí, entrei na tua vida, devagarinho, como tu impões aos desconhecidos a quem dás o direito de te conhecer.
Passaram dois anos até te poder chamar de MELHOR AMIGA! E desde que tens esse estatuto, adquiriste o de IRMÃ. Sou filha única, tu não (a S. que não me leia). Sem ti a C. nunca saberia o que é ser sobrinha, daquelas sobrinhas que se amam ao ponto de a fotografia dela ser o screensaver do teu ecrã de trabalho, que se amam ao ponto de ficar com ela para eu e o A. irmos ver o FCP, daquelas sobrinhas que se amam ao ponto de se sair do escritório, depois de um dia de trabalho de 11h, só para lhe dar banho (e secar o cabelo, e penteá-la a cada 1 minuto de secador, e por os ganchos como se usasses uma régua...).
Agora um apelo: não desistas de nós, não deixes esmorecer a L. que conhecemos. Fazes-nos falta.
Sê feliz como te conhecemos, cheia de energia mas... aceita o nosso colo. Precisas de "descansar". Aceitas jantar connosco no domingo? A C. não vai tolerar mais 15 dias sem te ver.
Amamos-te!




(Fazes-me falta na minha infância!)

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